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Decreto lei nº 3.689/1941 art. 155

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Doc. 250.3180.5884.0892

551 - STJ. Agravo regimental no habeas corpus. Condenação criminal. Elementos informativos da fase investigatória. Ausência de violação ao CPP, art. 155. Provas corroboradas por elementos judicializados. Contraditório e ampla defesa assegurados. Reexame fático probatório inviável na via eleita. Agravo regimental não provido.

1 - O habeas corpus não pode ser utilizado como substitutivo de recurso próprio, a fim de que não se desvirtue a finalidade dessa garantia constitucional, com a exceção de quando a ilegalidade apontada é flagrante, hipótese em que se concede a ordem de ofício. 2 - No caso, a Corte local, em sede de apelação, concluiu pelas práticas delitivas pelo agravante, salientando que o acusado encontrou facilidade na sua empreitada criminosa, valendo-se de sua condição de funcionário da inst... ()

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Doc. 250.3180.5909.6343

552 - STJ. Agravo regimental no agravo em recurso especial. Roubo majorado. Condenação fundamentada em provas testemunhais e declarações policiais. Reexame de matéria fático probatória. Incidência da Súmula 7/STJ. Agravo regimental não provido.

1 - O Tribunal de origem apontou que «não há infringência ao disposto no CPP, art. 155, uma vez que a versão apresentada pela vítima na fase inquisitorial, foi confirmada em Juízo, além de ter sido corroborada pelas declarações prestadas pelos policiais, os quais efetuaram a prisão em flagrante do Apelante que, na ocasião, afirmou ter cometido o crime, esclarecendo que o celular roubado teria ficado com seu comparsa, não identificado» (e/STJ fl. 290). 2 - A jurisprudência do STJ ... ()

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Doc. 250.3180.5311.6368

553 - STJ. Agravo regimental no habeas corpus. Tráfico de drogas. Pedido desclassificatório. Agravo im provido.

1 - Em observância às normas processuais vigentes, a jurisprudência do STJ não admite o manejo do habeas corpus como substitutivo de recurso próprio ou de revisão criminal. Inexistente ilegalidade flagrante apta a permitir a concessão da ordem de ofício. 2 - A respeito dos sistemas de valoração e ônus da prova, não existe dicotomia no entendimento das Turmas que compõem a Terceira Seção desta Corte Superior, prevalecendo intacta a exegese conferida aos CPP, art. 155 e CPP art. 15... ()

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Doc. 250.3180.5391.6621

554 - STJ. Recurso especial. Estupro de vulnerável. Violação dos arts. 155 e 386, ambos do CPP. Prova judicializada que instiga dúvida acerca da idade da vítima quando dos fatos sob apuração e que confere credibilidade à tese defensiva. Absolvição.

1 - Não se admite, no ordenamento jurídico pátrio, a prolação de um decreto condenatório fundamentado, exclusivamente, em elementos informativos colhidos durante o inquérito policial, no qual inexiste o devido processo legal (com seus consectários do contraditório e da ampla defesa). É possível, contu do, que se utilize deles, desde que sejam repetidos em juízo ou corroborados por provas produzidas nos termos do CPP, art. 155 (AgRg no AgRg no AREsp. Acórdão/STJ, Ministro Rogerio... ()

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Doc. 250.3180.5693.7625

555 - STJ. Penal e processo penal. Agravo regimental no habeas corpus. Homicídio qualificado. Alegada nulidade da pronúncia por violação ao CPP, art. 155. Não ocorrência. Modificação do entendimento da corte a quo. Necessidade de revolvimento do material fático probatório dos autos. Agra vo regimental a que se nega provimento.

1 - Como é de conhecimento, a decisão de pronúncia encerra simples juízo de admissibilidade da acusação, exigindo a existência do crime e indícios de sua autoria, não se demandando aqueles requisitos de certeza necessários à prolação de um édito condenatório. Ademais, nos termos do CPP, art. 155, o órgão julgador formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão, exclusivamente, nos elementos inf... ()

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Doc. 449.2634.2317.5837

556 - TJSP. Apelação Criminal. Tentativa de furto triplamente qualificado (concurso de agentes, escalada e rompimento de obstáculo). Sentença condenatória. Dúvidas quanto à autoria. Inexistência de provas suficientes para lastrearem o decreto condenatório. Condenação não pode ser embasada exclusivamente em elementos colhidos na fase inquisitorial. Inteligência do CPP, art. 155. Dúvida que milita em favor do réu. Absolvição necessária. Recurso provido

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Doc. 258.9101.8644.4724

557 - TJRJ. RECURSO DE APELAÇÃO CRIMINAL. DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL. IMPUTAÇÃO DA CONDUTA MOLDADA NO art. 129, § 13, DO CÓDIGO PENAL. LESÃO CORPORAL NO ÂMBITO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER. IMPROCEDÊNCIA DA PRETENSÃO PUNITIVA. IRRESIGNAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. PLEITO DE CONDENAÇÃO NOS TERMOS DA DENÚNCIA. PROCURADORIA DE JUSTIÇA OFICIOU PELO PROVIMENTO DO RECURSO. ELEMENTOS INFORMATIVOS ANGARIADOS NO INQUÉRITO POLICIAL NÃO CONFIRMADOS SOB O CRIVO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. INTELIGÊNCIA DO CPP, art. 155. INEXISTÊNCIA DE COMPROVAÇÃO, ESTREME DE DÚVIDA, DE QUE O APELADO TIVESSE AGIDO COM ANIMUS LAEDENDI. DÚVIDA RAZOÁVEL. IN DUBIO PRO REO. ABSOLVIÇÃO MANTIDA. DESPROVIMENTO DO RECURSO.

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Doc. 154.3107.2080.6794

558 - TJRJ. Apelação criminal defensiva. Condenação pelo crime de associação ao tráfico, majorado pelo emprego de arma. Recurso que persegue a solução absolutória. Mérito que se resolve em favor do Recorrente. Imputação acusatória dispondo, em tese, que o acusado foi flagrado em localidade dominada por facção criminosa, junto a um grupo que se dispersou com a chegada dos policiais, após terem atirado contra os agentes da lei, sendo que não foi possível visualizar o réu efetuando disparos. Relato dos policiais dando conta de que o acusado foi detido enquanto tentava fugir, sendo encontrado em seu poder um cinto de guarnição semelhante ao utilizado pelos policiais para colocar armas, com uma pistola calibre 9 mm, com numeração suprimida, além de dois carregadores e sete munições intactas. Realização de perícia papiloscópica no material atribuído ao réu (uma pistola, dois carregadores e munições), a pedido da Defesa, não sendo encontrados vestígios de impressões papiloscópicas nos objetos examinados. Espécie na qual, embora não olvide da prescindibilidade do exame pericial para a caracterização do crime, tem-se que, uma vez realizado, com resultado negativo, as provas testemunhais sobre a autoria delitiva (para supri-lo) devem ser robustas, indenes de dúvidas, o que não se constata no caso presente. Isso porque, a par da inexistência de vestígios de impressões digitais do acusado no citado artefato bélico, resta somente um confronto isolado de versões (o réu alega que o flagrante foi forjado), inexistindo nos autos quaisquer outros elementos paralelos, capazes de sufragar a higidez da versão restritiva. Situação concreta que, nessa linha, expõe sérias dúvidas relacionadas à comprovação de todos os elementos do tipo imputado, valendo enfatizar que a nova redação da Súmula 70 da Súmula deste Tribunal de Justiça estabelece que «o fato de a prova oral se restringir a depoimentos de autoridades policiais e seus agentes autoriza a condenação quando coerente com as provas dos autos e devidamente fundamentada na sentença". Princípio da íntima convicção que há de ceder espaço ao da livre persuasão racional (CPP, art. 155), devendo a decisão estar lastreada em evidências inequívocas, ao largo de convicções pessoais extraídas a partir de deduções inteiramente possíveis, porém não integralmente comprovadas, estreme de dúvidas. Orientação do STF destacando que «o princípio da presunção de inocência veda a possibilidade de alguém ser considerado culpado com respaldo em simples presunção ou em meras suspeitas, sendo ônus da acusação a comprovação dos fatos» (STF). Recurso a que se dá provimento, para absolver o Réu frente à imputação formulada na denúncia, com expedição de alvará de soltura.

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Doc. 250.4290.6239.7135

559 - STJ. Direito processual penal. Embargos de declaração. Alegação de omissão e contradição. Rejeição dos embargos.

I - CASO EM EXAME 1 - Embargos de declaração no agravo regimental em interposto contra habeas corpus acórdão da Quinta Turma do STJ, que negou provimento ao agravo regimental. 2 - A parte embargante alega omissão sobre a preliminar de nulidade do julgamento da apelação criminal por cerceamento de defesa. Invoca contradição ao afirmar que a palavra da vítima não poderia ser considerada relevante no caso. II - QUESTÃO EM DISCUSSÃO 3 - A questão em discussão consiste em saber s... ()

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Doc. 250.4290.6869.9218

560 - STJ. Agravo regimental no agravo em recurso especial. Tráfico de drogas e associação para o tráfico. Alegada o f e n s a a o a r t I g o 1 5 5 d o c p p. A u s ê n c I a d e prequestionamento. Dosimetria da pena. Inexistência de erro ou ilegalidade. Agravo regimental desprovido.

1 - A tese de ofensa ao CPP, art. 155 não foi prequestionada na origem, o que impede o conhecimento da matéria nesta Corte, ante o óbice da Súmula 282/STF. 2 - «A dosimetria da pena está inserida no âmbito de discricionariedade regrada do julgador, estando atrelada às particularidades fáticas do caso concreto e subjetivas dos agentes, elementos que somente podem ser revistos por esta Corte em situações excepcionais, quando malferida (AgRg no AREsp. Acórdão/STJ, de minha alguma reg... ()

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Doc. 250.2280.1145.0185

561 - STJ. Direito processual penal. Agravo regimental em habeas corpus. Pronúncia baseada exclusivamente em depoimentos indiretos e elementos colhidos na fase inquisitorial. Inexistência de lastro probatório mínimo. Necessidade de padrão probatório superior para pronúncia. Agravo regimental desprovido.

I - CASO EM EXAME 1 - Agravo regimental interposto contra decisão monocrática que negou provimento a habeas corpus, no qual se alegou constrangimento ilegal consubstanciado na pronúncia do paciente, fundada exclusivamente em testemunhos indiretos e elementos colhidos na fase extrajudicial. Pleiteia-se a revisão da decisão de pronúncia, por ausência de indícios suficientes de autoria. II - QUESTÃO EM DISCUSSÃO 2 - A questão em discussão consiste em definir se é cabível a pronúnc... ()

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Doc. 250.2280.1866.2389

562 - STJ. Direito processual penal. Agravo regimental em habeas corpus. Decisão de pronúncia. Fundamentação exclusiva em testemunhos indiretos e elementos produzidos na fase inquisitorial. Impossibilidade. Necessidade de lastro probatório mínimo em elementos judicializados. Aplicação do CPP, art. 155. Agravo regimental desprovido.

I - CASO EM EXAME 1 - Agravo regimental interposto contra decisão que não conheceu do habeas corpus substitutivo do recurso cabível, mas concedeu a ordem de ofício para despronunciar o paciente, pois baseada em testemunhos indiretos («hearsay testimony») e elementos de prova produzidos exclusivamente na fase extrajudicial. O agravante sustenta a existência de indícios suficientes para a pronúncia e submissão ao Tribunal do Júri. II - QUESTÃO EM DISCUSSÃO 2 - Há duas questões em... ()

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Doc. 250.2280.1757.8781

563 - STJ. Direito processual penal. Agravo regimental. Habeas corpus substitutivo. Despronúncia. Insuficiência probatória. Testemunho indireto. In dubio pro societate. Inviabilidade. Recurso desprovido.

I - CASO EM EXAME 1 - Agravo Regimental interposto pelo Ministério Público contra decisão que, ao não conhecer de habeas corpus substitutivo de recurso cabível, concedeu a ordem de ofício para despronunciar o réu. Sustentou-se a inexistência de elementos probatórios mínimos que justificassem a pronúncia, diante da fragilidade do conjunto probatório fundamentado exclusivamente em testemunho indireto e elementos colhidos durante o inquérito policial. II - QUESTÃO EM DISCUSSÃO 2 -... ()

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Doc. 250.2280.1726.7446

564 - STJ. Direito penal e processual penal. Homicídio qualificado. Pronúncia. Fundamentação exclusivamente baseada em testemunho indireto e elementos informativos do inquérito. Impossibilidade. Agravo regimental desprovido.

I - CASO EM EXAME 1 - Agravo regimental interposto contra decisão que não conheceu do habeas corpus, mas concedeu de ofício a ordem para despronunciar o paciente. A pronúncia baseou-se em testemunho indireto de policial militar e em elementos informativos colhidos na fase de inquérito, sem provas concretas que vinculem diretamente o acusado ao delito. II - QUESTÃO EM DISCUSSÃO 2 - Há duas questões em discussão: (i) verificar se a pronúncia pode ser fundamentada exclusivamente em te... ()

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Doc. 140.8254.8227.5833

565 - TJSP. Embriaguez ao volante e dirigir sem habilitação - Recurso visando a absolvição por insuficiência probatória - Acolhimento - Ausência de prova produzida sob o crivo do contraditório - Réu revel - Única testemunha ouvida que, por conta do tempo decorrido, de nada se recordava - Impossibilidade de se fundamentar decreto condenatório em prova exclusivamente policial - Inteligência do CPP, art. 155 - Absolvição de rigor - Recurso provido.

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Doc. 138.5113.0552.8666

566 - TJMG. APELAÇÃO CRIMINAL - POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO - ABSOLVIÇÃO - NÃO CABIMENTO - AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS - DEPOIMENTO DOS POLICIAIS MILITARES - VALIDADE -

Afasta-se o pleito de absolvição por insuficiência de provas quando a materialidade e a autoria delitivas estão suficientemente comprovadas nos autos. - Não há que se falar em violação da norma processual prevista no CPP, art. 155, se a condenação não se baseou apenas nas provas inquisitórias, mas sim nos elementos de convicção evidenciados sob o crivo de o contraditório.

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Doc. 250.4011.0694.5971

567 - STJ. Agravo regimental. Direito processual penal. Extensão de efeitos de habeas corpus deferido ao corréu. Pronúncia baseada em testemunho indireto. Autoria intelectual do homicídio. Testemunha presencial de fatos pretéritos. Insuficiência de indícios de autoria. Despronúncia. Agravo desprovido.

I - Caso em exame 1 - Agravo regimental interposto pelo Ministério Público do Estado de Alagoas contra decisão monocrática que deferiu o pedido de extensão dos efeitos do Habeas Corpus 758.648/AL e concedeu a ordem de habeas corpus para despronunciar o paciente. 2 - O Ministério Público sustenta que não há semelhança fático jurídica entre os dois casos, pois no HC 758.648/AL houve a despronúncia do réu acusado de ser o autor material do delito, enquanto nesta impetração se disc... ()

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Doc. 250.4011.0699.9843

568 - STJ. Direito processual penal. Agravo regimental no agravo regimental em recurso especial. Homicídio qualificado. Pronúncia fundamentada exclusivamente em elementos informativos colhidos na fase inquisitorial. Impossibilidade. Necessidade de prova minima judicializada. Inaplicabilidade do princípio in dubio pro societate. Agravo regimental não provido.

I - CASO EM EXAME 1 - Agravo regimental interposto contra decisão que reconsiderou, em agravo regimental, decisão monocrática e que provimento a recurso especial, anulando o processo desde a decisão de pronúncia, com a despronúncia do ora agravado. 2 - O Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins deu provimento ao recurso da acusação, reformando a decisão de impronúncia do juízo de primeiro grau, que havia considerado insuficientes os indícios de autoria. 3 - O recorrente alega v... ()

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Doc. 250.4011.0103.4300

569 - STJ. Agravo regimental no habeas corpus. Estupro de vulnerável. Nulidade da condenação. Alegado cerceamento de defesa em razão de indeferimento de provas e insuficiência do conjunto probatório. Inovação recursal. Ausência de análise pelo tribunal de origem. Supressão de instância. Inexistência de flagrante ilegalidade. Agravo regimental não provido.

1 - O habeas corpus não comporta conhe cimento quando as teses suscitadas a impetração não foram previamente examinadas pela instância de origem, sob pena de indevida supressão de instância. 2 - No caso concreto, o Tribunal de Justiça não examinou efetivamente as alegações relativas à suposta nulidade da condenação, decorrente de suposta violação ao CPP, art. 155 e ausência de provas suficientes, inclusive indevido indeferimento de laudos psicológicos e psiquiátricos e de oit... ()

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Doc. 250.4011.0169.5911

570 - STJ. Agravo regimental no agravo em recurso especial. Homicídio qualificado na forma tentada. Sentença de pronúncia. Qualificadoras. Afastamento. Impossibilidade. Violação ao CPP, art. 155. Inocorrência. Fase de mero juízo de admissibilidade da acusação. Competência do Júri para a análise meritóri a. Alteração da conclusão das instâncias de origem. Necessidade de revolvimento fático probatório. Agravo regimental desprovido.

1 - E sta Corte Superior entende que «a exclusão de qualificadoras somente é possível, na fase da pronúncia, se manifestamente improcedentes, sob pena de usurpação da competência dos jurados « (AgRg no AREsp. Acórdão/STJ, relator Ministro Ribeiro Dantas, Quinta Turma, julgado em 2/8/2022, DJe de 10/8/2022). E, no caso, a leitura de excerto do acórdão recorrido revela a existência de indícios de configuração das qualificadoras, razão pela qual não pode ser subtraída da apre... ()

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Doc. 250.4011.0474.1668

571 - STJ. Direito processual penal. Agravo regimental no agravo em recurso especial. Prequestionamento. Súmula 282/STF e Súmula 356/STF. Habeas corpus de ofício. Impossibilidade. Recurso desprovido.

I - Caso em exame 1 - Agravo regimental interposto contra decisão que não conheceu do agravo em recurso especial devido à ausência de prequestionamento da matéria. 2 - A defesa alega violação ao CPP, art. 155, argumentando que não houve fundamentação idônea para o reconhecimento das qualificadoras do crime de homicídio. II - Questão em discussão 3 - A questão em discussão consiste em saber se a ausência de prequestionamento impede o conhecimento do recurso especial; e se a a... ()

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Doc. 384.3027.1617.9136

572 - TJSP. ROubo DUPLAMENTE majorado TENTADO E RESISTÊNCIA - ABSOLVIÇÃO EM PRIMEIRO GRAU - RECURSO DO MINISTÉRIO PÚBLICO - PRETENDIDA A CONDENAÇÃO nos exatos termos da denúncia - NÃO acolhimento - AUTORIA NÃO SE ENCONTRA SUFICIENTEMENTE COMPROVADA - ALEGADA CONFISSÃO INFORMAL QUE NÃO ENCONTRA RESPALDO EM QUALQUER OUTRO ELEMENTO DE PROVA - AUSÊNCIA DE PROVA PRODUZIDA SOB O CRIVO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA - INTELIGÊNCIA DO CPP, art. 155 - OBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DO IN DUBIO PRO REO - ABSOLVIÇÃO MANTIDA - recurso NÃO provido

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Doc. 422.2757.7238.3082

573 - TJRJ. APELAÇÃO. TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES. AUTORIA. VENDA. PROVA SEGURA. MENORIDADE. PENA AQUÉM. PRIVILÉGIO. REGIME. DETRAÇÃO. 1.

Algumas declarações colhidas em sede policial não foram renovadas em juízo, aliás uma foi até mesmo retificada, mas devem ser valoradas já que apesar de não ser possível sua utilização como fonte exclusiva para formação da convicção do magistrado, conforme o disposto no CPP, art. 155, não há óbice para que sejam analisadas, ainda que de modo secundário, a fim de corroborar a prova produzida na fase jurisdicional, hipótese vertente. Os militares não se recordaram com exatidã... ()

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Doc. 803.0556.8227.8130

574 - TJRJ. APELAÇÃO. ROUBO MAJORADO PELO CONCURSO DE AGENTES E PELO EMPREGO DE ARMA. 1.

Denúncia que imputa a FABRÍCIO DA SILVA CUNHA a conduta, praticada na data de 15/11/2018, por volta das 23:30h, na Rodovia Washington Luís, Duque de Caxias, consistente em subtrair para si ou outrem, mediante grave ameaça, com emprego de arma de fogo, e em comunhão de ações com MARCELO DA ROCHA SILVA, o veículo GM Zafira, placa KVP 6021 e um celular Sansung Galaxy J7, de propriedade de CRISTIANO RANGEL VICENTE. 2. Sentença que julga procedente a pretensão punitiva estatal e condena o ... ()

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Doc. 650.6801.9318.7842

575 - TJRJ. APELAÇÃO CRIMINAL. TENTATIVA DE ESTUPRO. art. 213 C/C art. 14, II, AMBOS DO CÓDIGO PENAL. SENTENÇA ABSOLUTÓRIA. IRRESIGNAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. INSUFICIÊNCIA DE PROVAS. PREVALÊNCIA DO PRINCÍPIO DO IN DUBIO PRO REO. ABSOLVIÇÃO MANTIDA.

In casu, embora os indícios de autoria tenham sido aptos para lastrear a propositura da Denúncia, contudo, não se pode acatá-los como prova suficiente para a condenação. Os elementos adunados em Juízo, no decorrer da instrução criminal, não satisfazem a dialeticidade do sistema acusatório, a possibilitar a procedência da pretensão punitiva estatal, como quer o apelante. O entendimento alcançado pela magistrada de primeiro grau deve ser confirmado, uma vez que a prova é frágil e ... ()

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Doc. 868.2298.6965.7839

576 - TJRJ. Apelação criminal defensiva. Condenação por crime de furto qualificado pelo concurso de agentes. Recurso que requer a absolvição por fragilidade probatória, por atipicidade material (insignificância do valor) ou bagatela imprópria (desnecessidade pena). Mérito que se resolve em desfavor do recorrente. Materialidade e autoria inquestionáveis. Conjunto probatório apto a suportar a versão restritiva. Prova inequívoca de que o Recorrente, em comunhão de ações e divisão de tarefas com o comparsa, ingressou na residência da vítima e subtraiu dois botijões gás de cozinha, avaliados em R$200,00 (duzentos reais). Segundo a instrução, a vítima saiu de casa e, ao retornar, foi informada por seu vizinho que dois homens haviam acabado de sair do interior de sua residência, carregando dois botijões de gás. Ato contínuo, a lesada dirigiu-se à DP e narrou os fatos, de modo que os policiais militares realizaram patrulhamento pela cidade e lograram encontrar o apelante e o comparsa na em uma via pública próxima, onde foram abordados e confessaram a prática criminosa. Na DP, o apelante e o comparsa Bruno admitiram o furto dos botijões. Instrução judicial que contou com o depoimento das testemunhas de acusação, oportunidade que o réu exerceu o direito ao silêncio. Vítima que ratificou a versão restritiva, mas informou não ter condições de reconhecer o réu, já que não presenciou o crime nem os viu na DP. Testemunha ocular do crime que narrou, na DP, ter visto o réu e o comparsa fugirem da casa da vítima, sua vizinha, na posse dos botijões, oportunidade que realizou reconhecimento informal de ambos. Testemunha ouvida em juízo, o qual confirmou ter visto dois elementos subtraindo os botijões, mas não teve condições de reconhecer o réu em juízo, alegando que o viu de longe. Reconhecimento positivo feito pela testemunha policial, que narrou a dinâmica da prisão e a confissão externada pelo réu e seu comparsa. Testemunho policial ratificando a versão restritiva, suficiente a atrair a primazia da Súmula 70/TJERJ c/c CPP, art. 155. Ambiente jurídico factual que não deixa dúvidas quanto a procedência da versão restritiva, sem chances para a absolvição por fragilidade probatória. Princípio da insignificância que pressupõe, grosso modo, nos termos da jurisprudência do STJ: (1) lesão patrimonial inferior a 10% do salário mínimo; (2) ausência de violência ou grave ameaça; (3) não ser o injusto qualificado, tendo em conta sua maior reprovabilidade; e (4) réu primário, de bons antecedentes e sem o registro de inquéritos ou ações em andamento tendentes a caracterizar o fenômeno da «habitualidade delitiva», «notadamente na prática de crimes contra o patrimônio, o que demonstra o seu desprezo sistemático pelo cumprimento do ordenamento jurídico» (STJ). Apelante que não preenche o requisito 3, tendo em conta que o crime foi praticado em concurso de agentes. Pleito defensivo de se aplicar o postulado da bagatela imprópria sobre tal delito, sob pena de se gerar irritação ao princípio constitucional da individualização das penas. Princípio da bagatela imprópria, construído à sombra da legislação vigente e de um ativismo judicial que traz ranhuras à divisão orgânica e funcional do poder (CF, art. 2º), advogando, grosso modo, a desnecessidade da aplicação concreta da pena, a critério do julgador, por circunstâncias posteriores e alheias ao evento penal, mesmos diante dos juízos positivos da tipicidade, ilicitude e culpabilidade. Postulado que, mesmo teoricamente viável, representaria fonte de aplicação e exegese meramente secundárias, jamais podendo ter primazia, em um Estado que se quer Democrático de Direito (CF, art. 1 o), permeado pelo positivismo das regras, sobre preceitos formalmente legislados, em perfeita conformidade com a Lex Legum (CF, art. 22, I), num sistema constitucional de tipo rígido. Impossibilidade de o julgador, a pretexto de operar uma espécie de justiça heterodoxa setorizada, promover eventual reavaliação normativa acerca dos motivos e critérios que animaram a edição de qualquer preceito incriminador, de modo a dar-lhe nova feição ou alcance. Advertência do STF no sentido de que «o Tribunal deve sempre levar em conta que a Constituição confere ao legislador amplas margens de ação para eleger os bens jurídicos penais e avaliar as medidas adequadas e necessárias para a efetiva proteção desses bens". Observância teórica do referido princípio que, ademais, não autoriza sua aplicação vulgarizada, fora de um contexto estritamente excepcional e do preenchimento dos seus requisitos próprios, assentados, no mais das vezes, na falta de contemporaneidade do fato e à vista de um comportamento valoroso, ético e reparador por parte do agente do fato, circunstâncias que não se acham presentes na espécie dos autos. Injusto que atingiu sua consumação, considerando a efetiva inversão do título da posse, «sendo prescindível que o objeto do crime saia da esfera de vigilância da vítima» (STJ). Qualificadora do concurso procedente, haja vista a atuação conjunta e solidária dos agentes, nos limites da abrangente teoria do domínio funcional. Juízos de condenação e tipicidade confirmados, reunidos, no fato concreto, todos os elementos do tipo penal imputado. Dosimetria (não impugnada) que não comporta ajuste, já que fixada em patamar mínimo, em regime aberto e com restritivas de direitos. Recurso desprovido.

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Doc. 848.4373.6065.8731

577 - TJRJ. Apelação criminal do Ministério Público. Absolvição do crime de furto simples. Recurso que persegue a solução condenatória, enaltecendo a prova oral colhida e as imagens apresentadas pela vítima. Mérito que se resolve em desfavor do Recorrente. Imputação acusatória indicando que, em tese, o acusado teria ingressado no imóvel da vítima e subtraído 03 makitas, 01 policorte, 01 esmerilhadeira, 01 bateira de carro elétrico, 02 torneiras novas de inox, 20 conectores piranha, 01 rolo de cabo elétrico 2,5mm, 01 rolo de cabo coaxial e diversos outros objetos, avaliados em R$ 5.049,00. Narrativa da vítima dispondo que, no dia dos fatos, o réu, pessoa que conhecia há muitos anos, por ser amigo de seu ex-marido, foi à sua casa e ela o convidou para um café. Posteriormente, o irmão da lesada a buscou na sua residência e ambos saíram de carro. Vítima que retornou à casa, à noite, constatou a subtração de tais itens e foi à residência da vizinha para obter acesso às imagens das câmeras de segurança, oportunidade em que visualizou o réu entrar e sair de sua casa, com duas bolsas. Apelado que confirmou ser ele a pessoa que aparece nas imagens retratadas, mas ressaltou que não subtraiu nada da casa da vítima e enalteceu estar com roupas distintas nas sequências das imagens. Afirmou que sempre ia à casa da vítima, pessoa com quem tinha amizade, fato confirmado pela lesada e testemunha. Embora inequívoco que as imagens retratam o réu entrando na casa da vítima, no dia do crime, às 14.03 h, aparentemente já portando duas bolsas, e saindo da residência às 14.35 h (ID 75778356 e 75778357), as imagens apresentadas posteriormente pela vítima, indicando que o réu teria ingressado na casa, após a lesada sair do local de carro com seu irmão, não possuem identificação acerca da data ou hora da gravação (ID 75778360). Ausência de certeza que a sequência das gravações apresentadas no ID 75778360 e que serviria para corroborar a dinâmica delitiva apresentada pela vítima, são referentes ao mesmo dia e hora dos fatos ora em análise. Réu que parece trajar peças mais claras em algumas cenas, e mais escuras, em outras, todas, sem identificação de dia e hora. Ademais, as imagens permitem afirmar que os itens supostamente subtraídos (03 makitas; 01 policorte; 01 esmerilhadeira; 01 bateira de carro elétrico; 02 torneiras novas de inox; 20 conectores piranha; 01 rolo de cabo elétrico 2,5mm; 01 rolo de cabo coaxial e diversos outros objetos) não poderiam ser carregados nas sacolas das dimensões retratadas nas imagens do ID 75778356 e 75778357. Conjunto indiciário que, embora relevante, não mereceu o respaldo do juízo de certeza que há de incidir em casos como tais, valendo consignar, na linha do STF, que «nenhuma acusação se presume provada» e que «não compete ao réu demonstrar a sua inocência". Princípio da íntima convicção que há de ceder espaço em favor do postulado da livre persuasão racional (CPP, art. 155), devendo a conclusão estar lastreada em evidências inequívocas, ao largo de convicções pessoais extraídas a partir de deduções inteiramente possíveis, porém não integralmente comprovadas, estreme de dúvidas (STJ). Daí a sempre correta advertência de Nucci: «se o juiz não possui provas sólidas para a formação do seu convencimento, sem poder indicá-las na fundamentação da sua sentença, o melhor caminho é a absolvição". Recurso a que se nega provimento.

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Doc. 905.1590.0705.2728

578 - TJRJ. - APELAÇÃO - ROUBO MAJORADO PELO CONCURSO DE AGENTES. RECONHECIMENTO EXTRAJUDICIAL POR FOTOGRAFIA NÃO RATIFICADO EM JUÍZO. SENTENÇA ABSOLUTÓRIA. RECURSO MINISTERIAL BUSCANDO A CONDENAÇÃO DO APELADO. IMPOSSIBILIDADE.

Insurgência Ministerial que não merece acolhida. Roubo perpetrado por dois elementos, ambos de capacete, a bordo de uma moto, contra as vítimas WESLEY e JOÃO FELIPE, frentistas do posto de gasolina Auto Vale Samambaia. Em Juízo as vítimas narraram apenas a dinâmica dos fatos. Em sede policial, mostrada a foto do réu ISAAC, as vítimas afirmaram que «mesmo usando capacete, os olhos puxados e escuros, a sobrancelha e o nariz eram semelhantes à do assaltante". Em sede policial, o ac. JOÃ... ()

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Doc. 451.8379.3006.0564

579 - TJRJ. Apelação criminal defensiva. Condenação por roubo circunstanciado pelo concurso de pessoas. Recurso que persegue a solução absolutória, a desclassificação para o delito de furto, a aplicação do princípio da insignificância, o reconhecimento da excludente de ilicitude do estado de necessidade, a incidência da tentativa (no grau máximo), a fixação da pena no mínimo legal e a exclusão da sanção pecuniária. Mérito que se resolve em favor da Defesa. Imputação acusatória dando conta de que o réu e outros seis elementos teriam, em tese, ingressado em uma unidade da Drogaria Raia e, mediante violência física contra a vítima Andreza (caixa da farmácia), subtraíram diversas mercadorias de propriedade do estabelecimento lesado, empreendendo fuga a seguir. Após acionada, a polícia logrou supostamente deter o réu na posse de parte dos bens subtraídos. Apelante que optou pelo silêncio tanto na DP quanto em juízo. Vítima que não foi localizada para prestar depoimento em juízo, tendo sido ouvida apenas em sede policial, ocasião em que nada falou sobre o reconhecimento do acusado. Ausência de qualquer ato de reconhecimento formal no bojo do inquérito policial. Relato policial nas duas fases (que não presenciaram o fato), ratificando as circunstâncias da prisão, além de acrescentar (apenas em juízo) que a vítima teria reconhecido o réu logo após a prisão. Circunstância que, todavia, não restou confirmada pela própria vítima na DP, ensejando dúvida no particular, sobretudo porque o crime teria sido praticado por sete indivíduos. Conjunto indiciário que, embora relevante, não mereceu o respaldo do juízo de certeza que há de incidir em casos como tais. Princípio da íntima convicção que há de ceder espaço em favor do postulado da livre persuasão racional (CPP, art. 155), devendo a conclusão estar lastreada em evidências inequívocas, ao largo de convicções pessoais extraídas a partir de deduções inteiramente possíveis, porém não integralmente comprovadas, estreme de dúvidas (STJ). Advertência do STF aduzindo que «o princípio da presunção de inocência veda a possibilidade de alguém ser considerado culpado com respaldo em simples presunção ou em meras suspeitas, sendo ônus da acusação a comprovação dos fatos» (STF). Daí a sempre correta advertência de Nucci: «se o juiz não possui provas sólidas para a formação do seu convencimento, sem poder indicá-las na fundamentação da sua sentença, o melhor caminho é a absolvição". Dúvida acerca da autoria que torna imperiosa a incidência do postulado in dubio pro reo, a recomendar, à míngua de elementos contrários, nítida solução absolutória para a espécie, tornando prejudicada a análise das demais teses defensivas. Desnecessidade de expedição de alvará de soltura, considerando que o acusado se encontra solto por este feito. Recurso a que se dá provimento, a fim de absolver o réu da imputação constante na denúncia.

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Doc. 163.7735.0212.4627

580 - TJRJ. Apelação criminal interposta pelo Ministério Público. Sentença que absolveu o Réu da imputação do crime de estupro de vulnerável, majorado pela condição de pai, por insuficiência de provas. Recurso que persegue a solução condenatória. Mérito que se resolve em desfavor do Recorrente. Imputação acusatória dispondo que o Réu, genitor da Vítima, teria, em tese, praticado atos libidinosos contra o menor, o qual contava com 07 (sete) anos de idade, consistentes em constrangê-lo a praticar sexo oral, quando se encontravam sozinhos em casa. Palavra da vítima que, segundo orientação prevalente na jurisprudência, tende a assumir excepcional relevo probatório, ainda que a essência da versão acusatória a ela se resuma como único elemento primário de prova, desde que não viciada intrinsecamente e não colidente frente a outros elementos que venham a comprometer sua credibilidade. Nessa linha, há de se realçar, também, que a palavra da vítima não traz ínsita uma presunção absoluta de veracidade e, especialmente quando em contraste apenas as versões contrapostas de vítima e acusado, sem qualquer outro elemento paralelo ratificador, a narrativa acusatória deve vir exposta com algum grau de contemporaneidade, estruturação lógica e cronológica, sendo válida, aprioristicamente, «quando evidencia com riqueza de detalhes, sem contradições e, em confronto com os demais elementos de convicção colhidos e ratificados na fase processual, as circunstâncias em que realizada a empreitada criminosa» (STJ). Relato de vítimas infantes que, por sua vez, diante da sua falta de discernimento, imaturidade psíquica e da natural sugestionabilidade que delas decorre, igualmente impõe avaliação com redobrada cautela na aferição da responsabilidade imputada, sem que isso venha a exteriorizar qualquer tipo de preconceito. E assim se diz, porque, ao lado do premente dever de se conferir proteção integral aos menores (CF, art. 277), subsiste a necessidade de se resguardar, proporcionalmente, diante dos valores constitucionais em choque, a situação jurídica do réu, cujos direitos e garantias não podem ser tiranizados, visto que amparados pelo princípio da inocência presumida (CF, art. 5º, LV e LVII). Caso dos autos que exibe o depoimento de um menor de 07 anos à época do evento (hoje com 16 anos de idade), supostamente ocorrido logo após a separação dos genitores e que somente 05 (cinco) anos após faz uma séria acusação sexual contra seu próprio pai, sem que tenha apresentado, durante esse longo ínterim, qualquer alteração de comportamento comumente verificado em circunstâncias como tais (irritação, resistência na convivência com pai, baixo rendimento na escola, etc.). Indagada, a vítima não expôs motivação verossímil e pertinente sobre essa extemporânea delação, limitando-se a declarar que «somente contou cinco anos após o ocorrido por estar cansado» (sic), seja lá o que isso vem a significar no contexto dos fatos. Relato da vítima que foi revelado inicialmente à sua avó materna, que jamais prestou depoimento, e depois à sua genitora, que, assim como a primeira, não teria presenciado as condutas imputadas ou eventuais sinais paralelos capazes de ratificá-las. Mãe do menor que, em juízo, declarou «que tem outros filhos com ALEX, mas que nenhum filho presenciou os fatos e nem relatou situação parecida», «que ALEX nunca maltratou um filho» e «que não notou nenhum comportamento diferente de Felipe". Acusado que, negando a prática do fato, aduziu possuir outros cinco filhos com a mãe da vítima, com os quais sempre manteve relação de convivência, e que não houve por parte dos mesmos qualquer semelhante relato de comportamento sexual abusivo, seja em momento anterior ou posterior à delação feita pela vítima. Relatos do irmão do Acusado e do seu então cunhado que igualmente afirmaram que jamais perceberam qualquer problema de relacionamento entre pai e filho, tampouco alteração de comportamento de qualquer deles. Vítima e genitora que, após duas tentativas pela Equipe Técnica do Juízo, estranhamente não compareceram para a realização do estudo social e psicológico, providência sobremaneira importante e que poderia, em muito, ter contribuído para o esclarecimento dos fatos, notadamente em função da ausência de contemporaneidade entre a data do evento e a sua revelação. Cenário dos autos que, nesses termos, expõe, de um lado, a possibilidade de o Apelante ter efetivamente abusado sexualmente da Vítima, mas que não se identifica, de outro, no contexto apresentado, a comprovação inequívoca, acima de qualquer dúvida razoável, de lastro probatório seguro, capaz de sufragar o gravame condenatório. Conjunto indiciário que, embora relevante, não mereceu o respaldo do juízo de certeza que há de incidir em casos como tais, valendo consignar, na linha do STF, que «nenhuma acusação se presume provada» e que «não compete ao réu demonstrar a sua inocência". Princípio da íntima convicção que há de ceder espaço em favor do postulado da livre persuasão racional (CPP, art. 155), devendo a conclusão estar lastreada em evidências inequívocas, ao largo de convicções pessoais extraídas a partir de deduções inteiramente possíveis, porém não integralmente comprovadas, estreme de dúvidas (STJ). Daí a sempre correta advertência de Nucci: «se o juiz não possui provas sólidas para a formação do seu convencimento, sem poder indica-las na fundamentação da sua sentença, o melhor caminho é a absolvição". Recurso ministerial a que se nega provimento.

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Doc. 460.7755.7632.2767

581 - TJRJ. Apelação criminal defensiva. Condenação por crime de ameaça, no contexto de violência doméstica. Recurso que persegue a solução absolutória e, subsidiariamente, «que sejam consideradas favoráveis as circunstâncias judiciais". Mérito que se resolve em desfavor da Defesa. Materialidade e autoria inquestionáveis. Instrução revelando que o Apelante, na ocasião em que foi preso em flagrante por agredir sua então companheira, filha da vítima, ameaçou causar-lhe mal injusto e grave, dizendo que quando fosse solto, iria invadir a casa dela, onde morava somente com sua mãe, e matá-la, assim como quem estivesse com ela. Palavra da mulher-ofendida que, em crimes praticados em âmbito doméstico, tende a assumir caráter probatório destacado. Vítima que prestou relatos firmes e coesos, tanto na DP, quanto em juízo, pormenorizando a dinâmica do evento, corroborando os fatos narrados na denúncia, acrescentando que trocou todas as fechaduras e colocou grade em sua casa inteira, levou sua filha para o Rio de Janeiro, indo também para lá morar com familiares e que ambas fizeram tratamento psiquiátrico. Filha da vítima que prestou declarações em sede policial, ratificando a versão restritiva. Apelante que, na mesma data, foi preso em flagrante por lesão corporal e ameaça praticados contra Julia, sua então companheira (proc. 0019849-13.2020.8.19.0014, no qual já foi prolatada sentença condenatória, encontrando-se em fase recursal - cf. consulta processual eletrônica). Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem sido firme em sublinhar que «o CPP, art. 155 não impede que o juiz, para a formação de sua livre convicção, considere elementos informativos colhidos na fase de investigação criminal, vedada a condenação fundamentada exclusivamente em tais provas". Afinal, «no processo moderno, não há hierarquia de provas, nem provas específicas para determinado caso» (RT 694/390), ciente de que «a quantidade da prova não afeta sua eficácia, nem prefere à sua qualidade» (STJ-RSTJ 04/107). Daí a lição de Ada Prellegrini Grinover: «é exatamente nisso que consiste o método do livre convencimento ou da persuasão racional, o qual se cumpre pela valoração de todo o material existente nos autos". Acusado que não foi ouvido na DP e, em juízo, limitou-se a negar a imputação. Ambiente jurídico-factual que não deixa dúvidas quanto à procedência da versão restritiva. Injusto de ameaça que se traduz como crime formal e instantâneo, configurando-se independentemente da eclosão do resultado lesivo prenunciado, bastando, nesses termos, que a promessa de mal futuro seja séria e idônea, capaz de incutir no sujeito ameaçado sentimento de medo, pavor e intimidação. Tipo incriminador exibe natureza congruente, contentando-se com o chamado dolo genérico (escola clássica), ciente de que «não se exige qualquer elemento subjetivo específico» (Nucci). Firme orientação do STJ no sentido de que «a prévia exaltação dos ânimos, no seio de uma discussão acalorada, não afasta a tipicidade da ameaça". Juízos de condenação e tipicidade que não merecem ajustes. Dosimetria que não tende a ensejar reparo, já que estabelecida em patamar mínimo, com regime aberto e concessão de sursis. Recurso defensivo a que se nega provimento.

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Doc. 589.8016.9996.3921

582 - TJRJ. APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE ROUBO MAJORADO PELO CONCURSO DE PESSOAS E PELO EMPREGO DE ARMA DE FOGO. (art. 157, §2º, II, E §2ª-A, I, DO CÓDIGO PENAL). APELADO QUE, JUNTAMENTE COM O CORRÉU AURINO, MEDIANTE VIOLÊNCIA E GRAVE AMEAÇA EXERCIDA COM EMPREGO DE ARMA DE FOGO, SUBTRAIU PARA SI, R$ 100,00 (CEM REAIS) EM ESPÉCIE, UM TELEFONE CELULAR MOTOROLA, MODELO «MOTO E», UM TELEFONE CELULAR SAMSUNG, MODELO «J5» E UM VEÍCULO HYUNDAI HB20 DA VÍTIMA. SENTENÇA ABSOLUTÓRIA. RECONHECIMENTO DO ACUSADO REALIZADO EM SEDE POLICIAL, POR MEIO DE FOTOGRAFIAS. EM JUÍZO, A VÍTIMA, PESSOALMENTE, NÃO RECONHECEU O DENUNCIADO. INSUFICIÊNCIA PROBATÓRIA. IRRESIGNAÇÃO MINISTERIAL. PRETENSÃO DE REFORMA À SENTENÇA, COM A CONDENAÇÃO DO DENUNCIADO. VÍTIMA QUE PROCEDEU AO RECONHECIMENTO DO APELADO NA DELEGACIA POLICIAL. OFENDIDO QUE DILIGENCIOU PARA A IDENTIFICAÇÃO DOS ROUBADORES. TEMPO DECORRIDO DESDE A SUBTRAÇÃO ATÉ A OITIVA EM JUÍZO QUE NÃO PODE PREJUDICAR A VÍTIMA. ANOTAÇÕES PRETÉRITAS NA FAC QUE DEMONSTRAM QUE O ACUSADO FAZ DO CRIME SEU MEIO DE VIDA. SEM RAZÃO O RECORRENTE. EMBORA A MATERIALIDADE ESTEJA COMPROVADA, NÃO É POSSÍVEL AFERIR-SE A AUTORIA COM A CERTEZA NECESSÁRIA. INDÍCIOS CONSUBSTANCIADOS NO RECONHECIMENTO FOTOGRÁFICO NÃO REPETIDO EM JUÍZO. PRINCÍPIO DA ÍNTIMA CONVICÇÃO, QUE DEVE DAR LUGAR À PREMISSA DA LIVRE PERSUASÃO RACIONAL (CPP, art. 155). A CONCLUSÃO DO SENTENCIANTE DEVE ESTAR CALCADA EM EVIDÊNCIAS INEQUÍVOCAS, A PAR DE TODA E QUALQUER CONVICÇÃO PESSOAL EXTRAÍDA DE ILAÇÕES, AINDA QUE REVESTIDAS DE PLAUSIBILIDADE MÍNIMA, PORÉM NÃO COMPROVADAS CABALMENTE. MINISTÉRIO PÚBLICO QUE NÃO SE DESINCUMBIU DO ÔNUS DA PROVA QUE LHE COMPETIA, DEVENDO PREVALECER A CONCLUSÃO PELA ABSOLVIÇÃO, EM OBSERVÂNCIA AO PRINCÍPIO IN DUBO PRO REO. PRECEDENTES DO STJ. RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

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Doc. 324.0996.4294.5305

583 - TJRJ. APELAÇÃO CRIMINAL. DIREITO PENAL E PROCESSO PENAL. APELANTE DENUNCIADO E ULTERIORMENTE CONDENADO PELA PRÁTICA DO DELITO DE RECEPTAÇÃO, CONFORME ART. 180, CAPUT DO CÓDIGO PENAL. INSURGÊNCIA DEFENSIVA REQUERENDO A ABSOLVIÇÃO POR INSUFICIÊNCIA PROBATÓRIA. SUBSIDIARIAMENTE, PUGNA PELA DESCLASSIFICAÇÃO PARA A MODALIDADE CULPOSA, FIXAÇÃO DA PENA-BASE NO MÍNIMO LEGAL E ESTABELECIMENTO DO REGIME ABERTO. 1)

Pleito absolutório que não merece prosperar. O delito de receptação demanda a ocorrência prévia de outro crime e, quanto a isso, a prova dos autos é assente em apontar que o apelante foi flagrado na posse de uma bicicleta que havia sido furtada 10 dias antes da sua prisão em flagrante, não tendo sido reconhecido pela vítima como autor do delito anterior. A materialidade e a autoria delitiva restaram comprovadas, conforme registro de ocorrência, auto de apreensão e entrega de 01 bic... ()

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Doc. 250.3180.5297.5762

584 - STJ. Agravo regimental em habeas corpus liminarmente indeferido. Writ substitutivo de recurso especial. Inadmissibilidade. Estupro de vulnerável. Violação do CPP, art. 155. Inevidência. Indicação de prova judicializada. Absolvição. Impossibilidade. Necessidade de reexame aprofundado de matéria fático probatória. Inviabilidade. Agravo regimental improvido.

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Doc. 250.3180.5889.3247

585 - STJ. Direito processual penal. Agravo regimental. Pronúncia. Súmula 7/STJ. Agravo improvido.

I - Caso em exame 1 - Agravo regimental interposto contra decisão monocrática que não conheceu do recurso especial, com fundamento na Súmula 7/STJ. 2 - A parte agravante sustenta que haveria prova suficiente para sustentar a pronúncia, cabendo ao júri avaliar em profundidade o dolo do réu. II - Questão em discussão 3 - A questão em discussão consiste em saber se a decisão de impronúncia pode ser revertida nesta instância especial, nos termos da Súmula 7/STJ. III - Razões de ... ()

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Doc. 250.3180.5720.0156

586 - STJ. Direito processual penal. Agravo regimental. Indeferimento de provas e audiência virtual. Agravo desprovido.

I - Caso em exame 1 - Agravo regimental interposto contra decisão monocrática que negou provimento a recurso especial, no qual a parte agravante alegou cerceamento de defesa pelo indeferimento de oitiva de testemunhas, realização de audiência virtual sem presença física junto ao advogado, e não formulação de perguntas aos corréus delatores. Alegou, ainda, nulidade pelo indeferimento de quesitos aos peritos, ocultação de vídeo do local do crime e valoração indevida de elementos c... ()

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Doc. 250.3180.5420.2320

587 - STJ. Direito penal e processual penal. Despronúncia. Testemunhos indiretos ou «hearsay testimony". Impossibilidade de fundamentação exclusiva em elementos produzidos na fase inquisitorial. Necessidade de lastro probatório mínimo. Agravo regimental desprovido.

I - CASO EM EXAME 1 - Agravo regimental interposto contra decisão que não conheceu do habeas corpus substitutivo do recurso cabível, mas concedeu a ordem de ofício para despronunciar o paciente, pois baseada em testemunhos indiretos («hearsay testimony») e elementos de prova produzidos exclusivamente na fase extrajudicial. O agravante sustenta que deve ser afastada a determinação de despronúncia do ora agravado. II - QUESTÃO EM DISCUSSÃO 2 - Há duas questões em discussão: (i) ve... ()

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Doc. 250.3180.5225.5244

588 - STJ. Penal e processual penal. Agravo regimental no habeas corpus. Homicídio qualificado. Prisão peventiva para garantia da ordem pública. Alegação de pronúncia fundamentada exclusivamente em prova indiciária. Decisão de pronúncia fundamentada nas provas produzidas em juízo e não somente em elementos de prova da fase inquisitorial. Agravo regimental improvido.

1 - Conforme se extrai das decisões proferidas pela origem, os indícios de autoria são fundamentados a partir da análise dos elementos de informação levantados pelo inquérito policial em conjunto com as provas testemunhais colhidas ao longo da instrução criminal. 2 - Além disso, há suspeita de que o agravante tenha ameaçado a testemunha ocular, o que justificaria a alteração da versão de seu depoimento quando ouvida em juízo. 3 - Essa situação afasta a tese de nulidade da dec... ()

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Doc. 712.8131.0088.9146

589 - TJRJ. APELAÇÃO - FURTO DE ENERGIA ELÉTRICA - ART. 155, §3º C/C §2º, DO CÓDIGO PENAL - CONDENAÇÃO - PENA DE 10 DIAS MULTA - RECURSO DEFENSIVO - IMPOSSÍVEL ABSOLVIÇÃO - MATERIALIDADE E AUTORIA DEVIDAMENTE DEMONSTRADAS - MANUTENÇÃO DA SENTENÇA 1)

Robusto acervo probatório carreado aos autos comprova que subtraiu para si energia elétrica fornecida pela concessionaria Ampla. Laudo de Exame de Local de Constatação de Subtração de Energia Elétrica, Água, Gás ou Similar constatou que no medidor do apartamento da apelante existia uma ligação irregular em uma fase, que não era mensurado, deixando assim de ser contabilizada a energia consumida por tal fase. 2) Em juízo, um funcionário da empresa de energia confirmou que havia irre... ()

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Doc. 509.4863.1749.0367

590 - TJSP. Apelação. Roubo majorado por concurso de pessoas, ciência de transporte de valores e restrição de liberdade da vítima. Roubo de carga de um caminhão, avaliada em R$ 76.846,08. Sentença condenatória. Insurgência defensiva. Alegação preliminar de nulidade da sentença por fundamentação insuficiente. Inocorrência. A sentença se encontra devidamente fundamentada, com a exposição das razões de fato e de direito que motivaram a formação do convencimento do magistrado, sendo certo que a alegação de ilegalidade do reconhecimento fotográfico policial, mencionada pela defesa nas razões recursais, foi afastada, de modo expresso, na decisão que integrou a sentença ao apreciar um dos embargos declaratórios. Mérito. Autoria e materialidade comprovadas. Acervo probatório documental e pericial corroborado pelos depoimentos firmes e coerentes prestados pela vítima e por policias civis responsáveis pela investigação, no sentido de que os acusados Fábio e Alexsander, juntamente com ao menos um comparsa não identificado, efetuaram o roubo da mercadoria do caminhão da empresa-vítima, tendo Alexsander se valido de sua função de motorista da própria empresa, facilitando a execução do crime, com a abordagem do outro motorista Felipe, ora vítima, mediante o emprego de grave ameaça, quando desceu para comprar uma bebida durante o trajeto, a pedido de Alexsander. Réu Fábio reconhecido por fotografia, na fase policial, e pessoalmente em juízo, com convicção, pela vítima Felipe, além de ter sido surpreendido por policiais, um dia após o crime, em poder de 70 caixas das mercadorias subtraídas. Majorantes sobejamente demonstradas. Condenação mantida quanto aos réus Fábio e Alexsander. Necessidade, contudo, de absolvição do acusado Diego, que não foi reconhecido pessoalmente em juízo pela vítima e não foi surpreendido em poder dos bens subtraídos, inexistindo qualquer outra prova judicial que o ligasse ao crime. Acusação contra Diego que se sustenta exclusivamente no reconhecimento fotográfico efetuado em solo policial pela vítima, o que não é suficiente para ancorar o édito condenatório. Inteligência do CPP, art. 155. Recursos de apelação dos réus Fábio e Alexsander parcialmente providos, para o fim de reduzir as suas penas aos patamares de 6 anos e 9 meses de reclusão, no regime inicial fechado, e pagamento de 16 dias-multa, calculados no piso legal (réu Fábio), e 6 anos de reclusão, no regime inicial fechado, e pagamento de 15 dias-multa, calculados no piso legal (réu Alexsander). Apelo defensivo do réu Diego provido, para o fim de absolvê-lo da imputação quanto à prática do delito previsto no art. 157, § 2º, II, III e V, com fundamento no art. 386, VII, do CPP

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Doc. 491.4058.6937.8232

591 - TJSP. REVISÃO CRIMINAL.

Acórdão proferido pela 8ª Câmara Criminal, pelo qual o peticionário foi condenado pela prática do crime de roubo majorado (art. 157, §2º, II e V, do CP). Pleito revisional dirigido à análise das provas, a fim de absolver o peticionário sob o argumento de contrariedade do édito condenatório a texto expresso de lei. Pedido improcedente. Materialidade e autoria delitivas evidenciadas em prova farta produzida durante a fase policial e corroborada em juízo, sob o crivo do contraditóri... ()

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Doc. 250.4290.6868.0831

592 - STJ. Direito processual penal. Agravo regimental. Busca domiciliar. Provas ilícitas. Agravo desprovido.

I - CASO EM EXAME 1 - Agravo regimental interposto contra decisão que conheceu do agravo para não conhecer do recurso especial, com fundamento nas Súmula 7/STJ e Súmula 83/STJ, mantendo a condenação por tráfico de drogas. 2 - A parte agravante sustenta que o reconhecimento da ilicitude das provas não depende de reexame de fatos e provas, mas de reinterpretação jurídica sobre a legalidade da busca domiciliar realizada. II - QUESTÃO EM DISCUSSÃO 3 - A questão em discussão consis... ()

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Doc. 838.9966.7951.3597

593 - TJMG. PENAL E PROCESSUAL PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. LOTEAMENTO OU DESEMEMBRAMENTO IRREGULAR DE SOLO PARA FINS URBANOS (ART. 50, INC. I, DA LEI 6.766/79) . ABSOLVIÇÃO PROFERIDA EM PRIMEIRO GRAU. CONDENAÇÃO NOS TERMOS DA DENÚNCIA. INADMISSIBILIDADE. PROVA INDICIÁRIA NÃO CORROBORADA PELOS ELEMENTOS DE CONVICÇÃO PRODUZIDOS SOB O CRIVO DO CONTRADITÓRIO. DÚVIDA QUANTO À AUTORIA. CODIGO DE PROCESSO PENAL, art. 155. ABSOLVIÇÃO MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. -

Não se colhendo da prova coligida aos autos (crivo do contraditório) elementos suficientes a consubstanciar os indícios constantes da fase de inquérito, remanescendo a dúvida quanto à suposta ação do acusado consistente em promover o loteamento sem autorização do órgão público competente, deve ser mantida a absolvição proferida em primeiro grau (CPP, art. 155). - Recurso desprovido.

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Doc. 874.5799.2213.4053

594 - TJMG. APELAÇÃO CRIMINAL. FURTO QUALIFICADO. ABSOLVIÇÃO. NECESSIDADE. CONDENAÇÃO ARRIMADA APENAS EM ELEMENTOS INFORMATIVOS. INADMISSIBILIDADE. INTELIGÊNCIA DO CPP, art. 155. TIPICIDADE DA CONDUTA NÃO DEMONSTRADA. ERRO DE TIPO. RECURSO PROVIDO. 1.

Nos termos do CPP, art. 155, é vedado ao juiz proferir sentença condenatória com elementos colhidos exclusivamente na fase de inquérito, ou não corroborados em fase judicial sob o crivo do contraditório. 2. Não sendo possível apurar a condição em que a «res furtiva» fora encontrada, ressai possível acolher a tese de erro de tipo essencial, sobretudo quando não contraditada sob o crivo do contraditório. 3. Recurso provido.

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Doc. 250.4011.0946.1151

595 - STJ. Direito processual penal. Agravo regimental no agravo em recurso especial. Homicídio qualificado. Insuficiência de provas. Impronúncia do réu. Agravo improvido.

I - Caso em exame 1 - Agravo regimental interposto pelo Ministério Público Federal contra decisão monocrática que concedeu habeas corpus, de ofício, para impronunciar o réu. II - Questão em discussão 2 - A questão em discussão consiste em saber se a pronúncia do réu pode ser mantida com base em depoimentos indiretos e percepções pessoais, sem provas concretas que o coloquem na cena do crime. III - Razões de decidir 3 - A pronúncia exige certeza da materialidade e indícios s... ()

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Doc. 250.4011.0875.2158

596 - STJ. Penal e processo penal. Agravo regimental no agravo em recurso especial. Estupro. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Súmula 7/STJ. Agravo regimental improvido.

1 - O Tribunal de origem, ao proferir o acórdão impugnado pelo recurso especial, firmou sua conclusão com base nos fatos e nas provas dos autos. 2 - No caso dos autos, pretende o recorrente a absolvição, com alegação de ausência de provas judicializadas capazes de ensejar a condenação pelo crime de estupro, razão pela qual se aponta a violação do CPP, art. 155. 3 - Conforme a decisão impugnada, a pretensão não se resume à simples aplicação do direito aos aspectos fáticos de... ()

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Doc. 250.4011.0740.8918

597 - STJ. Direito processual penal. Agravo regimental em habeas corpus. Decisão de pronúncia baseada em depoimentos indiretos. Despronúncia mantida. Agravo regimental improvido.

I - Caso em exame 1 - Agravo regimental interposto pelo Ministério Público Federal contra a decisão monocrática que concedeu habeas corpus, despronunciando o acusado em caso de homicídio qualificado tentado, com base em depoimentos indiretos que apenas retrataram a convicção das testemunhas sobre a autoria do crime. II - Questão em discussão 2 - A questão em discussão consiste em saber se a decisão de pronúncia pode ser fundamentada exclusivamente em depoimentos indiretos e eleme... ()

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Doc. 250.4011.0234.5910

598 - STJ. Agravo regimental em agravo regimental em agravo em recurso especial. Posse ilegal de arma de fogo com numeração suprimida. Violação dos arts. 156, 158, 197, 200 e 212, todos do CPP. Inadmissibilidade. Falta de prequestionamento. Incidência das sSúmula 282/STF e Súmula 356/STF. Violação do CPP, art. 155. Improcedência. Precedentes desta corte. Agravo regimental improvido.

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Doc. 250.4011.0470.1739

599 - STJ. Embargos de declaração nos embargos de declaração no agravo regimental no agravo em recurso especial. Ausência de vícios no acórdão embargado. Mero inconformismo da parte com o resultado do julgamento. Recurso desprovido.

1 - A tese de ofensa ao CPP, art. 155 não foi suscitada perante o Tribunal de origem e, portanto, não foi prequestionada, fazendo incidir o óbice da Súmula 211/STJ e da Súmula 356/STF, conforme consignado na decisão que inadmitiu o recurso especial. 2 - «A dosimetria da pena está inserida no âmbito de discricionariedade regrada do julgador, estando atrelada às particularidades fáticas do caso concreto e subjetivas dos agentes, elementos que somente podem ser revistos por esta Corte e... ()

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Doc. 250.4011.0321.3104

600 - STJ. Processual penal. Agravo regimental no habeas corpus. Latrocínio. Violação ao CPP, art. 155. Writ substitutivo. Habeas corpus indeferimento liminarmente. Ausência de ilegalidade flagrante. Agravo regimental desprovido.

1 - E m casos como o presente, em que a c ondenação transitou em julgado em 29/1/2020, a jurisprudência do STJ é uníssona no sentido de que não cabe a utilização de habeas corpus como sucedâneo de recurso próprio ou de revisão criminal, sob pena de desvirtuamento do objeto ínsito ao remédio heroico, qual seja, o de prevenir ou remediar lesão ou ameaça de lesão ao direito de locomoção. 2 - Não obstante a previsão contida no art. 647-A, caput e parágrafo único, do CPP, não ... ()

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