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DOC. 943.2686.4186.7221

TST. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO PELO RECLAMANTE. INTERVALO INTRAJORNADA. CONCESSÃO PARCIAL. HORAS EXTRAS. EFEITOS. ART. 71, §4º, DA CLT. APLICAÇÃO DA LEI 13.467/2017. PERÍODO CONTRATUAL POSTERIOR A 11/11/2017. AUSÊNCIA DE TRANSCENDÊNCIA. Não se verifica, no caso, nenhum dos indicadores de transcendência previstos no CLT, art. 896-A, § 1º. Com relação ao argumento do autor de que possua direito ao recebimento das horas extras advindas do labor prestado durante os períodos destinados ao repouso, não há como se aferir do acórdão regional que o trabalho realizado durante o intervalo tenha acarretado a efetiva extrapolação dos limites diários. Nesse particular, esbarra o apelo no óbice da Súmula 126/TST, o que afasta a transcendência da causa. Por outro lado, com relação ao requerimento remanescente impugnado no recurso de revista e reiterado nas razões do agravo de instrumento - limitação da condenação do intervalo intrajornada ao período suprimido - a questão também não oferece transcendência. Estabelecida no acórdão do Tribunal Regional a concessão irregular do intervalo intrajornada (Súmula 126/TST), bem como que o vínculo contratual reconhecido em juízo se deu após 11/11/2017, deve ser aplicada a nova redação do CLT, art. 71, § 4º introduzido pela Lei 13.467/17, em atenção ao princípio tempus regit actum . Nesse cenário, a decisão do Tribunal Regional não contraria Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou Súmula do Supremo Tribunal Federal, nem contraria jurisprudência pacífica e reiterada desta Corte Superior. Ao revés, o TRT, ao concluir que a concessão parcial do intervalo intrajornada implica o pagamento apenas do período suprimido, de forma indenizatória, decidiu em consonância com a nova redação do CLT, art. 71, § 4º, introduzido pela Lei 13.467/17, inexistindo, portanto, violação legal ou constitucional apta a ensejar o provimento do recurso de revista, circunstância que afasta a possibilidade de transcendência política. Por outro lado, a controvérsia dos autos não afeta matéria nova atinente à interpretação da legislação trabalhista, pelo que não há transcendência jurídica. Por fim, não há transcendência social, porquanto o recurso não foi interposto pelo reclamante na defesa de direito social constitucionalmente assegurado (art. 896-A, § 1º, III, da CLT). Agravo de instrumento não provido, por ausência de transcendência.

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