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DOC. 938.3396.1155.9171

TST. I - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. INOCORRÊNCIA.

1. A parte ré alega a nulidade do acórdão regional por negativa de prestação jurisdicional, pois opôs embargos de declaração para que houve a manifestação acerca de que o autor na petição inicial indicou com precisão os valores que correspondiam a cada um dos pedidos postulados, sem fazer qualquer ressalva que se tratava de estimativa e, no entanto, a v. decisão regional restou silente. 2. A Corte Regional, em sede de embargos de declaração, fundamentou: - restou expresso no v. acórdão que a rejeição da pretensão da reclamada se deu como base no entendimento da Tese Jurídica Prevalecente 16 deste Regional, inexistindo qualquer amparo lógico de que haja a limitação da liquidação aos valores dos pedidos apontados na inicial, razão pela qual vislumbra-se que a utilização dos embargos de declaração pela ré ultrapassa os limites da via recursal eleita, inexistindo qualquer omissão no julgado. Pelo contrário, a prestação jurisdicional se deu de forma clara e objetiva quanto ao tema .-. 3. Verifica-se, portanto, que a v. decisão regional foi devidamente fundamentada e, em verdade, o que pretende a parte ré, sob o pretexto de alegada negativa de prestação jurisdicional, é a revisão do julgado, com o intuito de obter decisão que lhe seja mais favorável. Incólume os arts. 93, IX, da CF; 832 da CLT e 489 do CPC. Agravo de instrumento não provido, no particular. MULTA POR EMBARGOS DE DECLARAÇÃO PROTELATÓRIOS. Prevalece nesta Corte Superior o entendimento segundo o qual a aplicação de penalidade pela oposição de embargos de declaração protelatórios insere-se no âmbito do poder discricionário do Julgador e não se sujeita à revisão nesta fase recursal extraordinária, salvo se comprovada distorção na sua imposição, o que não se verifica no caso. Agravo de instrumento a que se nega provimento . II - RECURSO DE REVISTA. LIMITAÇÃO DA CONDENAÇÃO AOS VALORES INDICADOS NA INICIAL. IMPOSSIBILIDADE. AÇÃO AJUIZADA NA VIGÊNCIA DA LEI 13.467/2017. NOVA REDAÇÃO DO CLT, art. 840, § 1º. MERA ESTIMATIVA. 1. A Corte Regional asseverou que: - Os valores atribuídos aos pedidos na exordial são mera estimativa econômica das pretensões do reclamante, sendo relevantes para se aferir o rito processual a ser adotado, a recorribilidade ou não das decisões proferidas nos autos (causa de alçada) e a base de cálculo dos honorários de sucumbência devidos pelo empregado -. 2. A questão em discussão se refere à limitação da condenação aos valores apontados na exordial após a nova redação do CLT, art. 840, § 1º, a partir da vigência da Lei 13.467/17. 3. Esta Primeira Turma, com ressalva do entendimento pessoal deste Relator, firmou o entendimento de que os valores indicados na petição inicial devem ser considerados como um montante estimado, ainda que tenham sido apresentados de forma líquida, em razão da interpretação dada à matéria pela SbDI-I, órgão de jurisprudência «interna corporis» desta Corte Superior. 4. Desse modo, submetida a demanda ao rito ordinário, o fato de a novel legislação estabelecer que o pedido deve ser «certo, determinado e com indicação de valor», não importa na limitação da condenação aos valores indicados na petição inicial. Recurso de revista não conhecido .

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