STJ. Penal e processual penal. Agravo regimental no habeas corpus interposto pelo parquet federal. Decisão mantida. Tráfico ilícito de entorpecentes. Prisão preventiva revogada. Desproporcionalidade da custódia. Suficiência de aplicação de medidas cautelares diversas do cárcere. Quantidade de droga apreendida que não se mostra elevada. Réu que não integra organização criminosa. Crime cometido sem violência ou grave ameaça. Constrangimento ilegal evidenciado. Agravo desprovido.
1 - Em vista da natureza excepcional da prisão preventiva, somente se verifica a possibilidade da sua imposição quando evidenciado, de forma fundamentada e com base em dados concretos, o preenchimento dos pressupostos e requisitos previstos no CPP, art. 312. Por sua vez, a Lei 13 964/2019 - o denominado «pacote anticrime» - alterou o CPP, art. 315, caput e inseriu o § 1º, estabelecendo que a decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada e fundamentada, devendo o Magistrado indicar concretamente a existência de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada, vedando a exposição de motivos genéricos e abstratos. Deve, ainda, ser mantida a prisão antecipada apenas quando não for possível a aplicação de medida cautelar diversa, nos termos do previsto no CPP, art. 319.
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