TJSP. APELAÇÃO.
Seguro. Ação declaratória de inexistência de relação jurídica c.c repetição de indébito e pedido de danos morais. Descontos indevidos do benefício previdenciário da autora. Sentença de parcial procedência. Apelo da requerente. Ausente dos autos, por instrumento contratual, ou qualquer outro meio de prova admitido, a formação válida do negócio jurídico, com expressa e esclarecida manifestação de vontade do contratante, além de sua legítima aposição de assinatura, chancelando serviço que não solicitou, não utilizou, o que comprova a inexistência da dívida, a abusividade e a falha cometida. Inexistiu regular formação de uma obrigação contratual. Na hipótese, reconhecida a ilegalidade da cobrança, é possível identificar a violação ao princípio da transparência e ao direito à informação adequada, de modo que, ausente engano justificável, por parte do fornecedor e independentemente de seu elemento volitivo, bem como havendo, nos autos, indícios de que o consumidor não tenha sido avisado dos descontos em conta corrente, com flagrante diminuição de seu saldo bancário, houve violação à boa-fé objetiva, sem a necessidade da pesquisa da má-fé deve, por isso, a devolução dos valores indevidamente cobrados se dar em dobro, na forma do art. 42 do Diploma Consumerista. Devida a indenização por danos morais. Quantum indenitário fixado em R$ 5.000,00. Recurso parcialmente provido.
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